Falta de Desejo Sexual: Quando Procurar Ajuda e Como Recuperar a Libido

 

A falta de desejo sexual é uma das queixas mais comuns no consultório ginecológico, afetando cerca de 26% das mulheres brasileiras em algum momento da vida. Embora seja um problema frequente, muitas mulheres sofrem em silêncio, sem saber que existem causas identificáveis e tratamentos eficazes disponíveis.

Como ginecologista e sexóloga com mais de 20 anos de experiência, vejo diariamente o impacto que a diminuição da libido pode ter na autoestima, relacionamentos e qualidade de vida das mulheres. É importante compreender que a sexualidade feminina é complexa e multifatorial, e que mudanças no desejo sexual podem ser temporárias e tratáveis.

Neste artigo, vou explicar as principais causas da falta de desejo sexual, quando é necessário procurar ajuda profissional e quais opções de tratamento estão disponíveis para recuperar uma vida sexual satisfatória.

*Importante: Este conteúdo tem caráter educativo. Sempre consulte um ginecologista ou sexólogo para avaliação e tratamento personalizados.*

O que é o Desejo Sexual Feminino?

O desejo sexual feminino é um fenômeno complexo que envolve aspectos biológicos, psicológicos e sociais. Diferentemente do desejo masculino, que tende a ser mais linear e físico, o desejo feminino é frequentemente descrito como responsivo e contextual.

Componentes do Desejo Sexual

Desejo espontâneo:
Definição: Surge naturalmente, sem estímulo específico
Características: Pensamentos sexuais frequentes, fantasias
Prevalência: Mais comum em mulheres jovens
Variação: Diminui naturalmente com a idade

Desejo responsivo:
Definição: Surge em resposta a estímulos sexuais
Características: Desenvolve-se durante a intimidade
Prevalência: Mais comum em relacionamentos longos
Normalidade: Considerado padrão normal para muitas mulheres

Fatores que Influenciam o Desejo

Biológicos:
Hormônios: Estrogênio, testosterona, progesterona
Neurotransmissores: Dopamina, serotonina, noradrenalina
Saúde física: Condições médicas, medicamentos
Idade: Mudanças naturais ao longo da vida

Psicológicos:
Humor: Depressão, ansiedade, estresse
Autoestima: Imagem corporal, confiança sexual
Experiências passadas: Traumas, educação sexual
Expectativas: Sobre performance e prazer

Relacionais:
Qualidade do relacionamento: Comunicação, intimidade emocional
Atração pelo parceiro: Física e emocional
Conflitos: Não resolvidos ou recorrentes
Rotina: Falta de novidade e espontaneidade

Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo (TDSH)

Definição Médica

O Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo é caracterizado pela **ausência ou redução acentuada do desejo sexual** que causa **sofrimento pessoal significativo** e não é explicado por outros fatores médicos ou psiquiátricos.

Critérios Diagnósticos

Sintomas principais:
Ausência ou redução de interesse em atividade sexual
Ausência ou redução de pensamentos ou fantasias sexuais
Ausência de iniciativa para atividade sexual
Falta de receptividade às tentativas do parceiro

Critérios temporais:
Duração: Sintomas presentes por pelo menos 6 meses
Frequência: Ocorrem em 75-100% das ocasiões sexuais
Sofrimento: Causa angústia clinicamente significativa

Tipos de TDSH

Quanto ao início:
Primário: Presente desde sempre
Secundário: Desenvolvido após período de função normal

Quanto ao contexto:
Generalizado: Em todas as situações
Situacional: Específico para certas situações ou parceiros

Quanto à gravidade:
Leve: Sofrimento mínimo
Moderado: Sofrimento moderado
Severo: Sofrimento intenso

Principais Causas da Falta de Desejo Sexual

1. Causas Hormonais

Menopausa e Perimenopausa

Alterações hormonais:
Diminuição do estrogênio: Reduz lubrificação e sensibilidade
Queda da testosterona: Afeta diretamente o desejo sexual
Alterações na progesterona: Impacta humor e bem-estar
Mudanças no SHBG: Reduz testosterona livre disponível

Sintomas associados:
– Secura vaginal
– Diminuição da sensibilidade
– Alterações de humor
– Distúrbios do sono

Contraceptivos Hormonais

Mecanismo de ação:
Supressão ovariana: Reduz produção de testosterona
Aumento do SHBG: Diminui testosterona livre
Alterações no humor: Podem afetar interesse sexual
Mudanças na lubrificação: Impactam conforto sexual

Tipos mais associados:
– Pílulas com progestágenos androgênicos baixos
– Injeções de longa duração
– Implantes subdérmicos
– DIU hormonal (em algumas mulheres)

 Outras Condições Hormonais

Hipotireoidismo:
Sintomas: Fadiga, depressão, ganho de peso
Impacto: Redução geral da energia e interesse
Tratamento: Reposição de hormônio tireoidiano
Melhora: Gradual com normalização hormonal

Hiperprolactinemia:
Causas: Tumores hipofisários, medicamentos
Efeito: Supressão da função ovariana
Sintomas: Galactorreia, irregularidades menstruais
Tratamento: Agonistas dopaminérgicos

2. Causas Psicológicas

Depressão e Ansiedade

Depressão:
Prevalência: 2x mais comum em mulheres
Sintomas: Perda de interesse geral, fadiga
Neuroquímica: Alterações na serotonina e dopamina
Ciclo vicioso: Baixa libido piora depressão

Ansiedade:
Tipos: Generalizada, social, de performance
Mecanismo: Hiperativação do sistema nervoso simpático
Impacto: Dificuldade de relaxamento e entrega
Tratamento: Terapia cognitivo-comportamental

 Estresse Crônico

Fontes comuns:
Trabalho: Sobrecarga, pressão, conflitos
Família: Cuidado com filhos, pais idosos
Financeiro: Dificuldades econômicas
Saúde: Doenças próprias ou familiares

Mecanismo fisiológico:
Cortisol elevado: Suprime hormônios sexuais
Tensão muscular: Dificulta relaxamento
Fadiga mental: Reduz interesse em prazer
Prioridades alteradas: Sexo torna-se secundário

Traumas Sexuais

Tipos de trauma:
Abuso sexual: Na infância ou idade adulta
Violência doméstica: Física ou psicológica
Experiências sexuais negativas: Dor, humilhação
Assédio: No trabalho ou outros ambientes

Impacto na sexualidade:
Aversão sexual: Evitação de contato íntimo
Flashbacks: Durante atividade sexual
Dissociação: Desconexão mental durante sexo
Hipervigilância: Estado de alerta constante

3. Causas Relacionais

 Problemas de Comunicação

Dificuldades comuns:
Falta de diálogo sobre necessidades sexuais
Medo de magoar o parceiro
Suposições incorretas sobre desejos mútuos
Evitação de conflitos sexuais

Consequências:
– Insatisfação sexual não expressa
– Ressentimento acumulado
– Distanciamento emocional
– Redução da intimidade

Conflitos Não Resolvidos

Tipos de conflitos:
Financeiros: Discordâncias sobre gastos
Familiares: Sogros, educação dos filhos
Profissionais: Carreira, mudanças
– **Pessoais:** Hábitos, valores, objetivos

Impacto na sexualidade:
Raiva reprimida: Bloqueia desejo
Falta de conexão emocional: Reduz intimidade
Tensão constante: Impede relaxamento
Priorização de problemas: Sexo fica em segundo plano

Rotina e Monotonia

Fatores contribuintes:
Relacionamentos longos: Perda da novidade
Responsabilidades: Trabalho, filhos, casa
Previsibilidade: Sempre mesmo local, horário
Falta de romance: Ausência de cortejo

4.Causas Médicas

Medicamentos

Antidepressivos:
ISRSs: Fluoxetina, sertralina, paroxetina
Mecanismo: Aumento da serotonina reduz dopamina
Prevalência: 30-70% dos usuários
Alternativas: Bupropiona, mirtazapina

Anti-hipertensivos:
Beta-bloqueadores: Propranolol, atenolol
Diuréticos: Hidroclorotiazida
Efeito: Redução do fluxo sanguíneo genital
Alternativas: IECA, bloqueadores de canal de cálcio

Outros medicamentos:
Antihistamínicos: Sedação e secura
Anticonvulsivantes: Alterações hormonais
Opioides: Supressão do eixo hormonal
Antipsicóticos: Hiperprolactinemia

Condições Médicas Crônicas

Diabetes:
Neuropatia: Reduz sensibilidade genital
Problemas vasculares: Diminui fluxo sanguíneo
Fadiga: Reduz energia para sexo
Depressão associada: Comum em diabéticos

Doenças cardiovasculares:
Redução do fluxo sanguíneo: Para genitais
Medicamentos: Muitos afetam libido
Medo de esforço: Ansiedade sobre atividade física
Fadiga: Limitação da energia

Artrite e dor crônica:
Dor durante movimento: Limita posições
Medicamentos: Analgésicos afetam libido
Fadiga: Dor crônica é exaustiva
Depressão secundária: Comum em dor crônica

Quando Procurar Ajuda Profissional

Sinais de que é Hora de Buscar Ajuda

Duração dos sintomas:
Persistência: Mais de 6 meses
Piora progressiva: Sintomas se intensificando
Sem melhora: Apesar de tentativas próprias
Impacto crescente: Na qualidade de vida

Impacto no relacionamento:
Conflitos frequentes: Sobre sexualidade
Distanciamento emocional: Do parceiro
Evitação de intimidade: Física e emocional
Consideração de separação: Devido a problemas sexuais

Sofrimento pessoal:
Angústia significativa: Sobre a situação
Baixa autoestima: Sentimentos de inadequação
Depressão ou ansiedade: Relacionadas à sexualidade
Isolamento social: Evitação de discussões sobre sexo

Profissionais Especializados

 Ginecologista

Quando procurar:
Suspeita de causas hormonais
Sintomas físicos: Secura, dor
Menopausa ou perimenopausa
Efeitos de medicamentos

O que esperar:
Exame físico completo
Exames hormonais
Avaliação de medicamentos
Tratamentos médicos

Sexólogo/Terapeuta Sexual

Quando procurar:
Causas psicológicas suspeitas
Problemas de relacionamento
Traumas sexuais
Necessidade de terapia de casal

Abordagens terapêuticas:
Terapia cognitivo-comportamental
Terapia de casal
Mindfulness sexual
Educação sexual

 Psiquiatra

Quando procurar:
Depressão ou ansiedade severas
Traumas complexos
Necessidade de medicação psiquiátrica
Transtornos de humor

 Endocrinologista

Quando procurar:
Distúrbios hormonais complexos
Diabetes descompensado
Problemas de tireoide
Síndrome dos ovários policísticos

Avaliação Médica da Falta de Desejo Sexual

Anamnese Detalhada

História sexual:
Início dos sintomas: Quando começou
Fatores desencadeantes: Eventos específicos
Padrão: Situacional ou generalizado
Tentativas de tratamento: O que já foi tentado

História médica:
Medicamentos em uso: Atuais e passados
Condições médicas: Crônicas ou agudas
Cirurgias: Especialmente ginecológicas
História reprodutiva: Gravidez, parto, amamentação

História psicossocial:
Relacionamento atual: Qualidade, duração
Estresse: Fontes e intensidade
Humor: Sintomas depressivos ou ansiosos
Traumas: Sexuais ou outros

Exame Físico

Exame ginecológico:
Inspeção externa: Vulva, períneo
Exame especular: Vagina, colo uterino
Toque vaginal: Útero, ovários
Avaliação da sensibilidade: Resposta ao toque

Sinais de deficiência hormonal:
Atrofia vulvovaginal: Ressecamento, afinamento
Mudanças na pele: Elasticidade, coloração
Distribuição de pelos: Padrão hormonal
Desenvolvimento mamário: Alterações

Exames Complementares

Exames hormonais:
Estradiol: Função ovariana
Testosterona total e livre: Desejo sexual
SHBG: Proteína ligadora de hormônios
Prolactina: Função hipofisária
TSH e T4 livre: Função tireoidiana
FSH e LH: Eixo hipotálamo-hipófise-ovário

Outros exames:
Hemograma completo: Anemia
Glicemia: Diabetes
Perfil lipídico: Saúde cardiovascular
Vitamina D: Deficiência comum

Questionários Validados

Questionário de Função Sexual Feminina (FSFI):
Domínios: Desejo, excitação, lubrificação, orgasmo, satisfação, dor
Pontuação: 2-36 pontos
Ponto de corte: <26,55 indica disfunção

Índice de Sofrimento Sexual Feminino (FSDS):
Avalia: Sofrimento relacionado à sexualidade
Importante: Para diagnóstico de TDSH
Complementa: Avaliação funcional

 Opções de Tratamento

1. Tratamentos Hormonais

 Terapia com Estrogênio

Indicações:
Menopausa: Sintomas vasomotores e genitourinários
Deficiência estrogênica: Comprovada em exames
Atrofia vulvovaginal: Secura, dor

Vias de administração:
Sistêmica: Oral, transdérmica
Local: Cremes, óvulos, anel vaginal
Combinada: Sistêmica + local quando necessário

Benefícios:
Melhora da lubrificação
Redução da dor sexual
Melhora do humor
Alívio de sintomas menopausais

Terapia com Testosterona

Indicações:
TDSH em mulheres pós-menopáusicas
Testosterona baixa comprovada
Falha de outras terapias
Ausência de contraindicações

Formulações:
Gel transdérmico: Dose baixa para mulheres
Creme composto: Preparação magistral
Implantes: Liberação prolongada
Adesivos: Específicos para mulheres (quando disponíveis)

Monitoramento:
Níveis séricos: A cada 3-6 meses
Efeitos colaterais: Acne, hirsutismo, alterações vocais
Função hepática: Periodicamente
Perfil lipídico: Monitoramento regular

 Moduladores Seletivos de Receptores Estrogênicos (SERMs)

Ospemifeno:
Indicação: Dispareunia por atrofia vulvovaginal
Mecanismo: Agonista estrogênico vaginal
Dosagem: 60mg/dia via oral
Benefícios: Melhora lubrificação e conforto sexual

2. Tratamentos Não Hormonais

Medicamentos Aprovados

Flibanserina:
Mecanismo: Agonista 5-HT1A, antagonista 5-HT2A
Indicação: TDSH pré-menopausal
Dosagem: 100mg ao deitar
Eficácia: Aumento modesto do desejo
Efeitos colaterais: Sonolência, tontura, náusea

Bremelanotida:
Mecanismo: Agonista de receptores de melanocortina
Indicação: TDSH pré e pós-menopausal
Administração: Injeção subcutânea conforme necessário
Eficácia: Melhora do desejo e excitação
Efeitos colaterais: Náusea, rubor, dor de cabeça

Medicamentos Off-Label

Bupropiona:
Mecanismo: Inibidor da recaptação de dopamina e noradrenalina
Dosagem: 150-300mg/dia
Benefícios: Melhora libido, especialmente se causada por ISRSs
Vantagens: Também trata depressão

Sildenafil:
Mecanismo: Inibidor da fosfodiesterase-5
Uso: Mulheres com problemas de excitação
Evidências: Limitadas, resultados mistos
Dosagem: 25-50mg conforme necessário

3. Terapias Psicológicas

Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

Princípios:
Identificação de pensamentos negativos  sobre sexualidade
Reestruturação cognitiva de crenças disfuncionais
Técnicas comportamentais para aumentar prazer
Exercícios de mindfulness sexual

Técnicas específicas:
Foco sensorial: Exercícios de Sensate Focus
Comunicação sexual: Treinamento de habilidades
Redução de ansiedade: Técnicas de relaxamento
Educação sexual: Informações sobre anatomia e resposta sexual

Terapia de Casal

Objetivos:
Melhorar comunicação sobre necessidades sexuais
Resolver conflitos que afetam intimidade
Aumentar intimidade emocional
Desenvolver novas práticas sexuais

Abordagens:
Terapia sistêmica: Foco na dinâmica do casal
Terapia sexual integrada: Combina aspectos emocionais e sexuais
Mindfulness para casais: Presença e conexão
Exercícios estruturados: Tarefas para casa

 Terapia Individual

Indicações:
Traumas sexuais: Processamento e cura
Baixa autoestima: Trabalho na autoimagem
Depressão/ansiedade: Tratamento de base
Questões de identidade: Sexual ou de gênero

4. Mudanças no Estilo de Vida

Exercícios Físicos

Benefícios para a sexualidade:
Melhora da circulação sanguínea
Aumento da energia e disposição
Redução do estresse e ansiedade
Melhora da autoimagem corporal
Liberação de endorfinas

Tipos recomendados:
Aeróbicos: Caminhada, natação, dança
Força: Musculação, pilates
Flexibilidade: Yoga, alongamento
Kegel: Fortalecimento do assoalho pélvico

Nutrição

Alimentos que podem ajudar:
Ricos em zinco: Ostras, carne vermelha, sementes
Ômega-3: Peixes gordos, nozes, linhaça
Antioxidantes: Frutas vermelhas, chocolate amargo
L-arginina: Nozes, sementes, legumes

Suplementos:
Maca peruana: Pode aumentar libido
Ginseng: Melhora energia e circulação
Tribulus terrestris: Evidências limitadas
Vitaminas do complexo B: Energia e humor

Gerenciamento do Estresse

Técnicas eficazes:
Meditação: 10-20 minutos diários
Yoga: Combina exercício e relaxamento
Respiração profunda: Técnicas específicas
Massagem: Reduz tensão muscular
Hobbies: Atividades prazerosas

5. Melhorias no Relacionamento

Comunicação Sexual

Estratégias:
Conversas fora do quarto: Sobre necessidades e desejos
Linguagem positiva: Foco no que funciona
Escuta ativa: Compreender sem julgar
Feedback construtivo: Como melhorar a experiência

Intimidade Não Sexual

Importância:
Base para intimidade sexual
Conexão emocional
Confiança e segurança
Redução de conflitos

Atividades:
Tempo de qualidade: Sem distrações
Carinho físico: Abraços, carícias não sexuais
Conversas profundas: Sobre sonhos, medos, objetivos
Atividades compartilhadas: Hobbies, viagens

Novidade e Romance

Estratégias:
Quebrar a rotina: Novos locais, horários
Surpresas românticas: Pequenos gestos
Fantasias compartilhadas: Exploração segura
Brinquedos sexuais: Quando apropriado
Educação sexual: Aprender juntos

Prognóstico e Expectativas

Fatores que Influenciam o Sucesso do Tratamento

Positivos
Diagnóstico precoce
Causa identificável
Motivação para tratamento
Suporte do parceiro
Ausência de comorbidades severas

Desafiadores:
Múltiplas causas
Traumas complexos
Problemas de relacionamento severos
Condições médicas crônicas
Resistência ao tratamento

Tempo para Melhora

Tratamentos hormonais:
– *Início: 2-4 semanas
Efeito completo: 3-6 meses
Variação individual: Significativa

Terapias psicológicas:
Primeiras melhorias: 4-8 sessões
Mudanças significativas: 3-6 meses
Consolidação: 6-12 meses

Mudanças de estilo de vida:
Exercícios: 4-8 semanas
Nutrição: 2-3 meses
Gerenciamento de estresse: 1-2 meses

Expectativas Realistas

Objetivos do tratamento:
Melhora significativa: Não necessariamente cura completa
Qualidade de vida: Foco principal
Satisfação sexual: Subjetiva e individual
Relacionamento: Melhora da intimidade geral

Prevenção da Falta de Desejo Sexual

Fatores Protetivos

Relacionamento saudável:
Comunicação aberta
Resolução de conflitos
Intimidade emocional
Respeito mútuo

Saúde física:
Exercícios regulares
Alimentação equilibrada
Sono adequado
Controle de doenças crônicas

Saúde mental:
Gerenciamento do estresse
Tratamento de depressão/ansiedade
Autoestima saudável
Suporte social

Educação Sexual

Importância:
Conhecimento sobre anatomia
Compreensão da resposta sexual
Desmistificação de tabus
Expectativas realistas

Fontes confiáveis:
Profissionais de saúde
Literatura científica
Cursos especializados
Terapeutas sexuais

Mitos e Verdades sobre Desejo Sexual Feminino

 Mitos Comuns

MITO: “Mulheres têm menos desejo sexual que homens”
VERDADE: O desejo feminino é diferente, não menor

MITO: “Falta de desejo é normal após os 40 anos”
VERDADE: Mudanças são normais, mas sofrimento não é

MITO: “Não há tratamento eficaz para falta de libido”
VERDADE: Existem múltiplas opções terapêuticas

MITO: “É só questão de força de vontade”
VERDADE: Envolve fatores biológicos, psicológicos e sociais complexos

Verdades Importantes

VERDADE: O desejo sexual feminino é naturalmente variável
VERDADE: Múltiplos fatores podem afetar a libido simultaneamente
VERDADE: O tratamento deve ser individualizado
VERDADE: A melhora é possível na maioria dos casos

Conclusão

A falta de desejo sexual é um problema comum e tratável que afeta milhões de mulheres. Compreender suas múltiplas causas e reconhecer quando procurar ajuda são passos fundamentais para recuperar uma vida sexual satisfatória e melhorar a qualidade de vida geral.

Pontos-chave para lembrar:
A sexualidade feminina é complexa e influenciada por múltiplos fatores
Não há motivo para sofrer em silêncio – ajuda está disponível
O tratamento deve ser individualizado conforme as causas específicas
A melhora é possível na maioria dos casos com abordagem adequada
O suporte do parceiro é fundamental para o sucesso do tratamento

Próximos passos:
• Reflita sobre possíveis causas em sua situação
• Mantenha um diário de sintomas e fatores desencadeantes
• Considere conversar com seu parceiro sobre suas preocupações
• Agende consulta com ginecologista ou sexólogo para avaliação
• Lembre-se: buscar ajuda é um ato de autocuidado, não de fraqueza

Tem dúvidas sobre desejo sexual ou libido feminina? Deixe seu comentário abaixo. E se este conteúdo foi útil, compartilhe com outras mulheres que possam se beneficiar dessas informações.

**Sobre a autora:** Dra. Franciele Minotto é médica ginecologista e sexóloga com mais de 20 anos de experiência. Especialista em disfunções sexuais femininas e saúde sexual.

 

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