Impossível não admitir, passei os últimos dias refletindo sobre uma necessidade particular, analisando suas causas e prováveis resoluções.

Talvez passasse despercebido a mim a minha ENORME necessidade de constituir uma família, dessas mãe, pai, filhos, cachorros, saguis e bichos em geral; contudo, finalmente percebi que o fato de ter sido primogênita de uma mãe de 17 anos e pai de 18 anos abalou profundamente meu inconsciente, desejando editar minha própria infância.

Não é impossível perceber que aquele jovem e imaturo casal não consolidou nenhum vínculo emocional suficientemente forte para motivá-los na criação dos filhos ou na contracepção.

Isso se repete há 30 anos, numa frequência assustadora, assim, tenho certeza que muitas pessoas entenderão perfeitamente  o assunto, pois vivem na prática muitas seqüelas da falta de responsabilidade juvenil.

No entanto, como pedir responsabilidade para dois jovens em tenra idade? Vivendo sua primeira e talvez única paixão adolescente.

A convivência não foi fácil para eles, ainda mais com a minha chegada e em seguida, a dos meus irmãos, o que sei é que vivi todos os momentos da frustração deles, até o dia que minha mãe voltou para casa dos seus pais, com seus três novos amiguinhos!

Não gosto de falar que meu pai abandonou os filhos, acredito que a melhor expressão seja: esqueceu-nos. Pior época para esquecer não poderia existir, crescer sem uma vivência familiar com a presença do pai (nem que seja uma vaga lembrança de algumas visitas ou ligações demonstrando seu interesse) deixa seqüelas de graus variados.

Uma das minhas é desejar a presença masculina em minha vida, não substituindo meu pai, este eu substituí pelo meu avô, que apesar de ter muitos defeitos é o único homem que admiro .

Talvez seja essa uma das respostas, não é que queira uma figura masculina e pronto, não, a necessidade é de uma figura masculina para admirar, claro, além disso, para suprir minhas faltas infantis, a qual presume-se me daria muito carinho e atenção, necessidades básicas do ser humano e que de certa forma sinto falta.

Engraçado, apesar de saber que a maioria da famílias desestrutura-se com o tempo, ainda mantenho a ilusão que sentirei alguma segurança tendo minha família.

Alguns perguntarão, e sua filha? Ela também quer família, apesar de manter contato com o pai, também sente falta de uma figura masculina para admirar e identificar-se.

As coisas são mais simples que parecem, ao observar a saga de minha mãe em busca de uma companhia masculina encontrei minha própria saga.

Entretanto, não termina por aqui, há muito mais a descobrir.

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